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Romildo Pereira

Biografia

Biografia

 RONILDO PEREIRA DA LUZ, mineiro, da cidade de Araguari, conhecido no mundo artístico como ROMILDO PEREIRA.

Em 1.972 chega em São Paulo, vindo de Minas Gerais, trazendo em sua bagagem apenas um sonho: ingressar no mundo artístico. Mas como?

Aproximar-se dos artistas ou pessoas do meio artístico era muito difícil. Para resolver este problema veio a ideia de arrumar emprego como cobrador de ônibus, no coletivo que fazia o percurso Ipiranga/Sumaré, linha que passava na porta da TV Tupi (Canal 4 São Paulo).

Desta maneira, com o tempo passaria a conhecer funcionários da televisão e assim aconteceu. Conheceu o iluminador “Carioca”,  de quem ficou muito amigo e foi através dele que conseguiu seu primeiro emprego na televisão. Lá aprendeu várias profissões e passou a viver no mundo tão sonhado.

Na TV Tupi teve uma carreira brilhante. Começou como cabo-man, assistente de câmera-man, passando à assistente de tráfego de vídeo-tape, assistente de produção de novelas e produtor executivo.

Estas experiências vividas no meio de grandes profissionais como diretores de novelas, escritores, atores, atrizes, jornalistas e apresentadores de grandes  programas musicais da época iriam dar a base necessária para a criação de quadros de sucesso para programas de TVs e a descoberta de vários valores artísticos.

Com o fechamento da TV Tupi, foi um dos primeiros funcionários a serem contratados para a abertura do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), para assumir o cargo de Chefia do Tráfego de Vídeo-Tapes para Programações, função na qual permaneceu por seis meses, até montar todo o departamento. Daí passou a integrar a equipe de produção do programa Flávio Cavalcanti, para logo em seguida ir para a produção do programa Moacyr Franco Show, onde participou da criação do quadro “Estrela Por Uma Noite”, que dava chances a novos talentos. Com isto, o programa Moacyr Franco Show obteve os mais altos índices de audiência da televisão brasileira.

Com o fim do programa, passa a integrar a equipe de produção do programa Raul Gil. Nessa época criou, produziu e dirigiu o quadro “Essas Crianças Curiosas”, que se tornou o maior sucesso do programa.

O sucesso com o quadro foi tão grande que outros programas do SBT e de outras emissoras passaram a dar mais atenção às crianças, criando quadros novos e até programas direcionados às crianças. Vale lembrar que, fora as grandes novelas, a maior audiência da TV são os programas infantis.

Em 1.982, dentro do SBT, Romildo conheceu o maestro Otávio Basso, que lhe apresentou o cantor João Viola. O cantor era bem-sucedido no Norte e Nordeste do País, porém totalmente desconhecido em São Paulo. Ao ajudar esse cantor, a vida de Romildo Pereira tomaria outros rumos.

Em 1.983 deixa a televisão e começa a cuidar da carreira do cantor João Viola.

Em menos de um ano, o cantor fica conhecido nacionalmente. Com o sucesso do cantor, vários empresários de renome no meio artístico começam à cobiçá-lo e Romildo Pereira, até então com pouca experiência no ramo empresarial, acaba por perder esse artista.

Não deixando se abater, resolve criar a Romildo Pereira Produções Musicais, empresa especializada em produções artísticas e revendas de shows de artistas diversos.

No final de 1.983, fecha um acordo com o Sindicato Rural da cidade de Barra do Garças, no estado de Mato Grosso, para agenciar todos os artistas para a exposição agropecuária daquele ano. Nessa exposição agenciou dez grandes artistas e foi justamente no local que viria a conhecer a dupla Leandro e Leonardo. Naquela época os dois irmãos eram totalmente desconhecidos, e estavam cantando em uma pequena barraca instalada no pátio da exposição. Romildo disse para a dupla: – “Quando puderem, venham para São Paulo e vou ver no que posso ajudar vocês”.  Um mês depois, Leandro e Leonardo pegaram carona com o Dr. Idelmar, médico da cidade de Inhumas, Goiás, que iria a São Paulo. O médico não só os levou a São Paulo, mas também acompanhou a dupla até o escritório de Romildo Pereira. Em um bate papo, Romildo convenceu o médico a patrocinar a gravação de um tape para Leandro e Leonardo, prometendo a ele que produziria o tape e o colocaria em uma gravadora.

O médico concordou em patrocinar o tape. Aí surgiu um grande dilema. Como nunca tinha produzido disco, Romildo sai pela rua pensando em como fazer um disco diferente, que cairia no agrado das pessoas. E assim, pensativo caminhando, ouve do outro lado da rua,  em uma loja de discos, a música “Sala de Cirurgia” do cantor Amado Batista. Aí veio a ideia: “Puxa vida, o Amado Batista vende mais de 2 milhões de discos e suas músicas são cantadas de maneira simples: ele sola e dueta consigo mesmo, é isso que vou fazer com o Leandro e Leonardo. O maestro que faz os arranjos para o Amado Batista é o meu amigo Otávio Basso”.

No outro dia, Romildo ligou para o maestro e disse para ele que precisava fazer uns arranjos para uma dupla sertaneja. O maestro meio que surpreso, disse: “mas Romildo, eu nunca fiz arranjos para dupla sertaneja!” E Romildo responde: “Eu sei, Otávio, mas o que eu quero que você faça é o mesmo tipo de arranjo que você faz para o Amado Batista”. O maestro responde: “É, mas o arranjo que faço para o Amado não é sertanejo”. E Romildo responde: “Mas é isso que eu quero!” O maestro responde: “Está bem, se é isso que você quer”. E assim foi feito.

Romildo produziu o tape e foi muito criticado por produtores, empresários e cantores da música sertaneja por ter criado um estilo de música meio estranho, não era nem caipira e nem popular, era um meio-termo. Por esse motivo, nenhuma gravadora de renome estava disposta a lançar a nova dupla, Leandro e Leonardo. Mas Romildo não estava errado, apenas estava adiantado no tempo uns três ou quatro anos.

Com o surgimento de uma nova gravadora no mercado, a 3M do Brasil, Romildo foi até lá e conversou com o Presidente da gravadora, Moacir Machado, que ao ouvir o tape gostou e na hora disse: “Pode trazer a dupla para assinar o contrato!” O disco é o que contém a música “Contradições”, o primeiro sucesso da dupla Leandro e Leonardo.

No começo da trajetória de sucesso de Leandro e Leonardo, por divergências profissionais com um dirigente da área de divulgação da gravadora, Romildo afastou-se da dupla para que ela não fosse prejudicada por sua causa. Daí para frente, toda a história da carreira de Leandro e Leonardo é do conhecimento geral.

Apesar das críticas, Romildo estava certo em criar este novo estilo de música, a jovem música sertaneja.

Também durante o decorrer da festa em Barra do Garças/MT, haveria um único dia no qual não se apresentaria uma grande atração de renome. Isso foi solicitado pelo Presidente do Sindicato Rural, que queria colocar uma dupla da região. A dupla se chamava “Zazá e Zezé”.

Como Romildo não tinha o que fazer no dia, resolveu dar assistência à dupla, tratando-os com o mesmo respeito dos grandes nomes e assim nasceu uma grande amizade entre os três.

Tempos depois com a separação da dupla, Zezé vai para São Paulo e procura Romildo Pereira.

Depois de gravar dois discos solos,  Zezé Di Camargo resolve trazer de Goiânia o seu irmão Luciano, e pergunta para Romildo o que ele acha da ideia de formar uma dupla. Romildo de pronto concordou.

Assim começou novamente outra maratona atrás das gravadoras e nenhuma delas acreditou na dupla Zezé Di Camargo e Luciano.

Um dia, o Zezé chegou no escritório e disse com tristeza: – “Tá difícil pra nós, né Romildo?”

Romildo Pereira olhou para ele e vendo seus olhos meio lacrimejados, ficou revoltado e disse: – “Tá difícil, mas não impossível. Eu vou resolver esta parada ainda hoje!”

E assim fez. Foi até a gravadora Copacabana que já tinha anteriormente fechado as portas para a dupla e discutiu uns 40 minutos com o Presidente da Companhia, Sr. Adiel Macedo de Carvalho, que irritado disse: – “Romildo, esta dupla parece cópia do Chitãozinho e Xororó. Isso não dá em nada!!!”

Romildo, também irritado, deu um tapa na mesa do Presidente e disse: – “Não é não, seu Adiel!”

O Presidente da Companhia o olhou por cima dos óculos de leitura e, bravo, disse: –  “Tá bom Romildo! Eu vou gravar seus artistas, pois, você já me deu lucros com Alan e Aladim. Eu te devo essa. Como é mesmo o nome da dupla?”

Romildo responde: – “Zezé Di Camargo e Luciano, seu Adiel!”

Em seguida, entraram no estúdio e gravaram. O disco tinha uma programação para sair 4 meses depois.

Preocupado, Romildo convenceu o técnico do estúdio a tirar algumas cópias do tape em fitas e mandou para algumas emissoras de rádio, escondido da gravadora.

Romildo disse para Zezé Di Camargo: – “Como você vai viajar para Goiânia, aproveita e pede para os radialistas nos ajudarem. Temos que provar para gravadora que vocês serão sucesso”. E assim foi feito, a música “É o amor” disparou em Goiânia, Triângulo Mineiro e interior de São Paulo.

Com isto, a gravadora ficou sabendo e o Sr. Adiel mandou chamar o Romildo e disse: – “Olha aqui, seu moço. Isto aqui é uma Empresa que tem suas programações. Como é que você manda fitas para as rádios sem nossa autorização?”. Dá uma pausa, balança a cabeça negativamente e diz sorrindo: – “Você não tem jeito, seu Romildo! Agora tenho que lançar seus artistas já. Vá escolher as fotos para a capa do disco”.

Assim nasceu mais um grande sucesso da jovem música sertaneja: Zezé Di Camargo e Luciano, com a música “É o amor”.

Com a explosão do sucesso de Zezé Di Camargo e Luciano, grandes propostas foram feitas à dupla.

Zezé foi até Romildo e perguntou-lhe: – “Se eles lhes dessem uma chance para assinar um contrato com um grande empresário e vários investidores, você aceitaria?”. E Romildo respondeu: – “Sei que vou perder muito dinheiro, mas não vou impedir que vocês façam um bom negócio, e que Deus os iluminem”. Para muitos, essa é a parte desconhecida da história de Zezé Di Camargo e Luciano e Romildo Pereira.

Em 1.989, na cidade de Franca/SP, Romildo conheceu uma nova dupla que estava iniciando na carreira juntamente com seu empresário inexperiente na atividade e resolveu ajudá-los também.

Trouxe-os para São Paulo e os ajudou no período de um ano. O empresário inexperiente ficou experiente e conhecido como Paulo Henrique e a dupla ficou famosa como Gian e Giovani.

Romildo Pereira, em suas andanças pelo país visitando rádios e divulgando artistas, ficava revoltado com as grandes gravadoras por desprezar as pequenas emissoras de rádio, às quais não recebiam suplementos promocionais. E foi assim que surgiu a ideia de montar uma gravadora, nascendo a SONOBRÁS Discos.

Com mais de dez anos de existência, já é considerada a melhor gravadora brasileira para os novos artistas e a maior distribuidora de discos para emissoras de rádio do Brasil e Países da América Latina, atendendo aproximadamente à 7.000 emissoras de rádio, fazendo jus ao slogan “SONOBRÁS Discos – Uma parceira do rádio”.

Em 2002, novas mudanças acontecem na vida de Romildo Pereira.

Devido ao vasto conhecimento e o grande relacionamento de amizade e profissional com as emissoras de rádios em todo o Brasil, é convidado por Ricardo Monteiro, executivo da empresa Procter & Gamble do Brasil, para prestar serviços de promoções dos produtos  junto às emissoras de rádios.

Romildo Pereira aceita e assim nasce uma nova atividade e um novo desafio em sua vida.

O primeiro produto da empresa promovido por Romildo Pereira foi o detergente em pó “Sabão ACE”. A promoção inicial aconteceu no interior dos estados de São Paulo e Minas Gerais, expandindo por todo o país. Cinquenta dias após o início das campanhas, o Sabão ACE obteve um acréscimo de vendas de nada menos de 300% (fato comprovado tanto pela empresa, como pela revista especializada de mercado Giro News). A partir daí, outros produtos da empresa passaram a serem promovidos no rádio através da empresa Sonobrás, de propriedade de Romildo Pereira.

Os produtos seguintes foram: Fraldas Pampers, o absorvente Always, a pomada Hipoglos, o xarope Vick 44E, o Vick Vaporub e a parceria “Ace/Consul (lavadoras)”.

Em 2005 passa a promover também o produto do Frigorífico Marba, a Mortadela Marba, grande sucesso de vendas e líder de mercado.

Em 2006, grandes conquistas.  Passa também a promover um dos maiores magazines de moda do planeta: a C&A MODAS. E também os produtos da empresa coreana “SAMSUNG”.

Em 2007, mais uma vez através da indicação do executivo Ricardo Monteiro, passa a promover em rádios os produtos Poliflor, Destac, SBP, Repelex, Veja, da empresa multinacional Reckitt Benckiser.

Graças ao bom trabalho desempenhado para vários produtos, Romildo Pereira tem hoje um excelente relacionamento profissional com grandes agências de publicidade, tais como JWThompson, Leo Burnett do Brasil, Euro RSCG do Brasil, Avanti Propaganda, Famiglia, África, 3MB Propaganda, Portfolio, Y&R, NBS,  entre outras.

Como empresário, foi o responsável pelas carreiras de artistas memoráveis, como o próprio Zezé di Camargo & Luciano, As Mineirinhas, Alan & Aladin, Moacyr Franco, Gian & Giovanni, dentre outros.

Como produtor, produziu discos dos mais variados gêneros, do sertanejo ao rock, de artistas como Leandro & Leonardo, As Mineirinhas, Alan & Aladin, Harrys Boys, Cleyton & Cleber, Ana & Peterson, Sandra & Sarah, Roberto & Alessandro, Paulo Cesar & Barreto, Márcio Leão, Allan & Adriano, Alesson & Alessandro, Iran & Rangel, Thays & Alessandra, Pablo & Patrick, Odair & Junior, Helinho Lelis, Wander & Cristiano, Ronny Pontes & Adriano, Ana Paula, Elaine Seixas, Joystick, Genoma, Christiano Carvalho & Rafael, Luciano & Alessandre, Alex & Alessandro, só para citar alguns.

É também compositor de diversas músicas, dentre elas “O cantor e o peão”, grande sucesso nas vozes de João Mineiro e Marciano.

Mas não para aí. Romildo Pereira continua a produzir e lançar novos artistas no mercado fonográfico, está sempre disposto a novas atividades, e acha que boas parcerias trazem bons negócios.

Romildo Pereira é hoje um dos grandes produtores de discos do Brasil e também considerado o maior descobridor de talentos dos últimos vinte anos.

Sua grande força: A Humildade e Determinação.

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