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Romildo Pereira Produções

Biografia

Biografia

 RONILDO PEREIRA DA LUZ, mineiro, da cidade de Araguari, conhecido no mundo artístico como ROMILDO PEREIRA.

Em 1.972 chega em São Paulo, vindo de Minas Gerais, trazendo em sua bagagem apenas um sonho: ingressar no mundo artístico. Mas como?

Aproximar-se dos artistas ou pessoas do meio artístico era muito difícil. Para resolver este problema veio a ideia de arrumar emprego como cobrador de ônibus, no coletivo que fazia o percurso Ipiranga/Sumaré, linha que passava na porta da TV Tupi (Canal 4 São Paulo).

Desta maneira, com o tempo passaria a conhecer funcionários da televisão e assim aconteceu. Conheceu o iluminador “Carioca”,  de quem ficou muito amigo e foi através dele que conseguiu seu primeiro emprego na televisão. Lá aprendeu várias profissões e passou a viver no mundo tão sonhado.

Na TV Tupi teve uma carreira brilhante. Começou como cabo-man, assistente de câmera-man, passando à assistente de tráfego de vídeo-tape, assistente de produção de novelas e produtor executivo.

Estas experiências vividas no meio de grandes profissionais como diretores de novelas, escritores, atores, atrizes, jornalistas e apresentadores de grandes  programas musicais da época iriam dar a base necessária para a criação de quadros de sucesso para programas de TVs e a descoberta de vários valores artísticos.

Com o fechamento da TV Tupi, foi um dos primeiros funcionários a serem contratados para a abertura do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), para assumir o cargo de Chefia do Tráfego de Vídeo-Tapes para Programações, função na qual permaneceu por seis meses, até montar todo o departamento. Daí passou a integrar a equipe de produção do programa Flávio Cavalcanti, para logo em seguida ir para a produção do programa Moacyr Franco Show, onde participou da criação do quadro “Estrela Por Uma Noite”, que dava chances a novos talentos. Com isto, o programa Moacyr Franco Show obteve os mais altos índices de audiência da televisão brasileira.

Com o fim do programa, passa a integrar a equipe de produção do programa Raul Gil. Nessa época criou, produziu e dirigiu o quadro “Essas Crianças Curiosas”, que se tornou o maior sucesso do programa.

O sucesso com o quadro foi tão grande que outros programas do SBT e de outras emissoras passaram a dar mais atenção às crianças, criando quadros novos e até programas direcionados às crianças. Vale lembrar que, fora as grandes novelas, a maior audiência da TV são os programas infantis.

Em 1.982, dentro do SBT, Romildo conheceu o maestro Otávio Basso, que lhe apresentou o cantor João Viola. O cantor era bem-sucedido no Norte e Nordeste do País, porém totalmente desconhecido em São Paulo. Ao ajudar esse cantor, a vida de Romildo Pereira tomaria outros rumos.

Em 1.983 deixa a televisão e começa a cuidar da carreira do cantor João Viola.

Em menos de um ano, o cantor fica conhecido nacionalmente. Com o sucesso do cantor, vários empresários de renome no meio artístico começam à cobiçá-lo e Romildo Pereira, até então com pouca experiência no ramo empresarial, acaba por perder esse artista.

Não deixando se abater, resolve criar a Romildo Pereira Produções Musicais, empresa especializada em produções artísticas e revendas de shows de artistas diversos.

No final de 1.983, fecha um acordo com o Sindicato Rural da cidade de Barra do Garças, no estado de Mato Grosso, para agenciar todos os artistas para a exposição agropecuária daquele ano. Nessa exposição agenciou dez grandes artistas e foi justamente no local que viria a conhecer a dupla Leandro e Leonardo. Naquela época os dois irmãos eram totalmente desconhecidos, e estavam cantando em uma pequena barraca instalada no pátio da exposição. Romildo disse para a dupla: – “Quando puderem, venham para São Paulo e vou ver no que posso ajudar vocês”.  Um mês depois, Leandro e Leonardo pegaram carona com o Dr. Idelmar, médico da cidade de Inhumas, Goiás, que iria a São Paulo. O médico não só os levou a São Paulo, mas também acompanhou a dupla até o escritório de Romildo Pereira. Em um bate papo, Romildo convenceu o médico a patrocinar a gravação de um tape para Leandro e Leonardo, prometendo a ele que produziria o tape e o colocaria em uma gravadora.

O médico concordou em patrocinar o tape. Aí surgiu um grande dilema. Como nunca tinha produzido disco, Romildo sai pela rua pensando em como fazer um disco diferente, que cairia no agrado das pessoas. E assim, pensativo caminhando, ouve do outro lado da rua,  em uma loja de discos, a música “Sala de Cirurgia” do cantor Amado Batista. Aí veio a ideia: “Puxa vida, o Amado Batista vende mais de 2 milhões de discos e suas músicas são cantadas de maneira simples: ele sola e dueta consigo mesmo, é isso que vou fazer com o Leandro e Leonardo. O maestro que faz os arranjos para o Amado Batista é o meu amigo Otávio Basso”.

No outro dia, Romildo ligou para o maestro e disse para ele que precisava fazer uns arranjos para uma dupla sertaneja. O maestro meio que surpreso, disse: “mas Romildo, eu nunca fiz arranjos para dupla sertaneja!” E Romildo responde: “Eu sei, Otávio, mas o que eu quero que você faça é o mesmo tipo de arranjo que você faz para o Amado Batista”. O maestro responde: “É, mas o arranjo que faço para o Amado não é sertanejo”. E Romildo responde: “Mas é isso que eu quero!” O maestro responde: “Está bem, se é isso que você quer”. E assim foi feito.

Romildo produziu o tape e foi muito criticado por produtores, empresários e cantores da música sertaneja por ter criado um estilo de música meio estranho, não era nem caipira e nem popular, era um meio-termo. Por esse motivo, nenhuma gravadora de renome estava disposta a lançar a nova dupla, Leandro e Leonardo. Mas Romildo não estava errado, apenas estava adiantado no tempo uns três ou quatro anos.

Com o surgimento de uma nova gravadora no mercado, a 3M do Brasil, Romildo foi até lá e conversou com o Presidente da gravadora, Moacir Machado, que ao ouvir o tape gostou e na hora disse: “Pode trazer a dupla para assinar o contrato!” O disco é o que contém a música “Contradições”, o primeiro sucesso da dupla Leandro e Leonardo.

No começo da trajetória de sucesso de Leandro e Leonardo, por divergências profissionais com um dirigente da área de divulgação da gravadora, Romildo afastou-se da dupla para que ela não fosse prejudicada por sua causa. Daí para frente, toda a história da carreira de Leandro e Leonardo é do conhecimento geral.

Apesar das críticas, Romildo estava certo em criar este novo estilo de música, a jovem música sertaneja.

Também durante o decorrer da festa em Barra do Garças/MT, haveria um único dia no qual não se apresentaria uma grande atração de renome. Isso foi solicitado pelo Presidente do Sindicato Rural, que queria colocar uma dupla da região. A dupla se chamava “Zazá e Zezé”.

Como Romildo não tinha o que fazer no dia, resolveu dar assistência à dupla, tratando-os com o mesmo respeito dos grandes nomes e assim nasceu uma grande amizade entre os três.

Tempos depois com a separação da dupla, Zezé vai para São Paulo e procura Romildo Pereira.

Depois de gravar dois discos solos,  Zezé Di Camargo resolve trazer de Goiânia o seu irmão Luciano, e pergunta para Romildo o que ele acha da ideia de formar uma dupla. Romildo de pronto concordou.

Assim começou novamente outra maratona atrás das gravadoras e nenhuma delas acreditou na dupla Zezé Di Camargo e Luciano.

Um dia, o Zezé chegou no escritório e disse com tristeza: – “Tá difícil pra nós, né Romildo?”

Romildo Pereira olhou para ele e vendo seus olhos meio lacrimejados, ficou revoltado e disse: – “Tá difícil, mas não impossível. Eu vou resolver esta parada ainda hoje!”

E assim fez. Foi até a gravadora Copacabana que já tinha anteriormente fechado as portas para a dupla e discutiu uns 40 minutos com o Presidente da Companhia, Sr. Adiel Macedo de Carvalho, que irritado disse: – “Romildo, esta dupla parece cópia do Chitãozinho e Xororó. Isso não dá em nada!!!”

Romildo, também irritado, deu um tapa na mesa do Presidente e disse: – “Não é não, seu Adiel!”

O Presidente da Companhia o olhou por cima dos óculos de leitura e, bravo, disse: –  “Tá bom Romildo! Eu vou gravar seus artistas, pois, você já me deu lucros com Alan e Aladim. Eu te devo essa. Como é mesmo o nome da dupla?”

Romildo responde: – “Zezé Di Camargo e Luciano, seu Adiel!”

Em seguida, entraram no estúdio e gravaram. O disco tinha uma programação para sair 4 meses depois.

Preocupado, Romildo convenceu o técnico do estúdio a tirar algumas cópias do tape em fitas e mandou para algumas emissoras de rádio, escondido da gravadora.

Romildo disse para Zezé Di Camargo: – “Como você vai viajar para Goiânia, aproveita e pede para os radialistas nos ajudarem. Temos que provar para gravadora que vocês serão sucesso”. E assim foi feito, a música “É o amor” disparou em Goiânia, Triângulo Mineiro e interior de São Paulo.

Com isto, a gravadora ficou sabendo e o Sr. Adiel mandou chamar o Romildo e disse: – “Olha aqui, seu moço. Isto aqui é uma Empresa que tem suas programações. Como é que você manda fitas para as rádios sem nossa autorização?”. Dá uma pausa, balança a cabeça negativamente e diz sorrindo: – “Você não tem jeito, seu Romildo! Agora tenho que lançar seus artistas já. Vá escolher as fotos para a capa do disco”.

Assim nasceu mais um grande sucesso da jovem música sertaneja: Zezé Di Camargo e Luciano, com a música “É o amor”.

Com a explosão do sucesso de Zezé Di Camargo e Luciano, grandes propostas foram feitas à dupla.

Zezé foi até Romildo e perguntou-lhe: – “Se eles lhes dessem uma chance para assinar um contrato com um grande empresário e vários investidores, você aceitaria?”. E Romildo respondeu: – “Sei que vou perder muito dinheiro, mas não vou impedir que vocês façam um bom negócio, e que Deus os iluminem”. Para muitos, essa é a parte desconhecida da história de Zezé Di Camargo e Luciano e Romildo Pereira.

Em 1.989, na cidade de Franca/SP, Romildo conheceu uma nova dupla que estava iniciando na carreira juntamente com seu empresário inexperiente na atividade e resolveu ajudá-los também.

Trouxe-os para São Paulo e os ajudou no período de um ano. O empresário inexperiente ficou experiente e conhecido como Paulo Henrique e a dupla ficou famosa como Gian e Giovani.

Romildo Pereira, em suas andanças pelo país visitando rádios e divulgando artistas, ficava revoltado com as grandes gravadoras por desprezar as pequenas emissoras de rádio, às quais não recebiam suplementos promocionais. E foi assim que surgiu a ideia de montar uma gravadora, nascendo a SONOBRÁS Discos.

Com mais de dez anos de existência, já é considerada a melhor gravadora brasileira para os novos artistas e a maior distribuidora de discos para emissoras de rádio do Brasil e Países da América Latina, atendendo aproximadamente à 7.000 emissoras de rádio, fazendo jus ao slogan “SONOBRÁS Discos – Uma parceira do rádio”.

Em 2002, novas mudanças acontecem na vida de Romildo Pereira.

Devido ao vasto conhecimento e o grande relacionamento de amizade e profissional com as emissoras de rádios em todo o Brasil, é convidado por Ricardo Monteiro, executivo da empresa Procter & Gamble do Brasil, para prestar serviços de promoções dos produtos  junto às emissoras de rádios.

Romildo Pereira aceita e assim nasce uma nova atividade e um novo desafio em sua vida.

O primeiro produto da empresa promovido por Romildo Pereira foi o detergente em pó “Sabão ACE”. A promoção inicial aconteceu no interior dos estados de São Paulo e Minas Gerais, expandindo por todo o país. Cinquenta dias após o início das campanhas, o Sabão ACE obteve um acréscimo de vendas de nada menos de 300% (fato comprovado tanto pela empresa, como pela revista especializada de mercado Giro News). A partir daí, outros produtos da empresa passaram a serem promovidos no rádio através da empresa Sonobrás, de propriedade de Romildo Pereira.

Os produtos seguintes foram: Fraldas Pampers, o absorvente Always, a pomada Hipoglos, o xarope Vick 44E, o Vick Vaporub e a parceria “Ace/Consul (lavadoras)”.

Em 2005 passa a promover também o produto do Frigorífico Marba, a Mortadela Marba, grande sucesso de vendas e líder de mercado.

Em 2006, grandes conquistas.  Passa também a promover um dos maiores magazines de moda do planeta: a C&A MODAS. E também os produtos da empresa coreana “SAMSUNG”.

Em 2007, mais uma vez através da indicação do executivo Ricardo Monteiro, passa a promover em rádios os produtos Poliflor, Destac, SBP, Repelex, Veja, da empresa multinacional Reckitt Benckiser.

Graças ao bom trabalho desempenhado para vários produtos, Romildo Pereira tem hoje um excelente relacionamento profissional com grandes agências de publicidade, tais como JWThompson, Leo Burnett do Brasil, Euro RSCG do Brasil, Avanti Propaganda, Famiglia, África, 3MB Propaganda, Portfolio, Y&R, NBS,  entre outras.

Como empresário, foi o responsável pelas carreiras de artistas memoráveis, como o próprio Zezé di Camargo & Luciano, As Mineirinhas, Alan & Aladin, Moacyr Franco, Gian & Giovanni, dentre outros.

Como produtor, produziu discos dos mais variados gêneros, do sertanejo ao rock, de artistas como Leandro & Leonardo, As Mineirinhas, Alan & Aladin, Harrys Boys, Cleyton & Cleber, Ana & Peterson, Sandra & Sarah, Roberto & Alessandro, Paulo Cesar & Barreto, Márcio Leão, Allan & Adriano, Alesson & Alessandro, Iran & Rangel, Thays & Alessandra, Pablo & Patrick, Odair & Junior, Helinho Lelis, Wander & Cristiano, Ronny Pontes & Adriano, Ana Paula, Elaine Seixas, Joystick, Genoma, Christiano Carvalho & Rafael, Luciano & Alessandre, Alex & Alessandro, só para citar alguns.

É também compositor de diversas músicas, dentre elas “O cantor e o peão”, grande sucesso nas vozes de João Mineiro e Marciano.

Mas não para aí. Romildo Pereira continua a produzir e lançar novos artistas no mercado fonográfico, está sempre disposto a novas atividades, e acha que boas parcerias trazem bons negócios.

Romildo Pereira é hoje um dos grandes produtores de discos do Brasil e também considerado o maior descobridor de talentos dos últimos vinte anos.

Sua grande força: A Humildade e Determinação.

Matérias

Clipping

Aquela vez Leonardo tinha tudo para ser diferente das outras. Agente estava mais escolado, sabia um pouco mais do mundo da música. Uns meses antes, num show em Barra do Garça, lá no Mato Grosso, a gente tinha conhecido o Romildo Pereira, que era uma espécie de caçador de talentos da música sertaneja. Ele adorou nós e ficou o tempo todo falando:“Vocês têm que ir para São Paulo, é lá que tudo acontece! Vão logo para São Paulo, seus trouxas!” E deixou um cartão com telefone, prometendo que ia ajudar no que pudesse quando a gente estivesse lá. Pouco antes de viajar para gravar o disco,a gente ligou pro Romildo pedindo ajuda para achar um estúdio. E o Romildo arrumou logo o Gravodisc, que é um dos melhores estúdios para música sertaneja. Todo mundo que era sucesso gravava lá! Acertamos os horários e o doutor Ildemar, que logo depois teve que voltar para Goiânia, disse para a gente ir gravando e para não se preocupar porque ele mandava todo o dinheiro de que a gente precisasse. Olha, não poderia ter sido melhor a nossa decisão! Logo depois, o Romildo chegou dizendo que tinha uma migo dele que a gente precisava conhecer. Era o César Augusto, compositor do Gilliard, da Martinha. Ora, lógico que a gente ia encontrar ele, era só marcar! E aí chegou o César, todo cabeludo. Ele tinha um CorceI GT, um carrão esportivo invocado, com cinco marchas, aquilo impressionou muito a gente. Conversa vai, conversa vem, O Romildo , perguntou :“Ô, César, você não tem uma música pra os meninos, não?” Ele disse que tinha um monte e mostrou uma chamada“Contradições”, dele e da Martinha. Pô, a Martinha era uma cantora famosa, da época da Jovem Guarda! Sucesso. Resolvemos gravar“Contradições”,ainda mais porque tinha uns versos bonitos. São contradições de um amor sem juízo Eu nego e renego, mas sei que preciso Contradições de um amor de verdade que faz da mentira a sinceridade….! O Romildo Pereira como, como ja estava fazendo os trabalhos de Produtor do nosso disco?” Indicou o maestro Otávio Basso, arranjador do Amado Batista. . Bastou eu e o Leandro mostrar para o maestro as músicas, só no violão, ele botou tudo na pauta, fez os arranjos para a gente gravar, Umas coisas lindas de morrer, como tratamento de luxo que a gente nunca teve! Foi impossível não ficar emocionado. logo a seguir gravamos É, daquela vez tinha que acontecer, estava tudo a favor da gente! Felizes da vida, eu e Leandro voltamos para Goiânia com a fitinha do nosso disco e fomos logo mostrar para o nosso povo. Mas ainda faltava o principal: uma gravadora que lançasse o disco. Deixamos afita master em São Paulo como Romildo pereira e ficamos esperando alguma resposta,algum telefonema, telegrama que fosse. Naquela ansiedade total, nós não paramos de cantar nos botecos de Goiânia. em Goiânia, era muito difícil de falar com os diretores de gravadoras de São Paulo. Um mês, dois meses e nada de aparecer um contrato. O doutor Ildemar ligava, perguntava como estava indo a coisa, e a gente sem resposta para dar. No fim das contas, ele resolveu virar nosso sócio. Quando o disco fosse lançado, ele receberia uma porcentagem. Paciência, era o que dava para fazer. Passaram-se uns quatro meses e nada ainda. Meu pai tinha plantado uma roça de arroz e eu estava ajudando ele a carregar os sacos coma colheita num Fusca velho que eu tinha comprado trabalhando na noite. Eu tirava os bancos, botava seis sacos de sessenta quilos cada um e levava pro outro lado do rio. Trabalho estafante,eu não aguentava mais. Num dia desses, como corpo moído de tanto carregar saco de arroz, eu cheguei em casa e, mal desabei na cama, veio a minha irmã, Mariana, dizendo que tinha um telefonema de São Paulo, de uma gravadora chamada 3M. A gente achou aquilo esquisito, porque tinha oferecido a fita do disco para todas as gravadoras em São Paulo, e todas elas, uma por uma, disseram que gostavam muito do nosso disco, mas que estavam com o elenco completo e que não podiam contratar mais ninguém, infelizmente. Agente ficou de saco cheio daquela história pra boi dormir. Mesmo assim, eu liguei de volta e falei como tal do Milton José, que me disse:“Essa é uma gravadora nova, criada pelo pessoal que fabrica fita isolante. Eles têm muito dinheiro. Venham amanhã para conversar, já emitimos um PTA com as passagens.” Eu nunca tinha andado de avião, não sabia o que era PTA, mas descobri que era o vale para pegar o bilhete aéreo e fomos lá. Cagando nas calças só de pensar que, se aquele avião caísse, morria todo mundo. Desembarcamos em São Paulo e não sabíamos o que fazer ou para onde ir. Mas aí apareceu o Romildo Pereira, que levou nós pro escritório da gravadora 3M, uma sala no sexto andar de um prediozinho no Centro. E qual não foi a surpresa da gente de entrar e ver que não tinha nada lá, só um aparelho de som 3 em1 em cima de uma mesa. Muito estranho, muito estranho. Foi aí que apareceu o Moacir Machado, um cara grandão, que era o diretor da gravadora. Ele se apresentou, cheio de mesuras, e pediu para a gente se sentar e mostrar a fita do disco. Foi só começar a ouvir “Contradições”, com aquelas cordas suaves, a voz entrando macia, que ele fez uma cara engraçada e perguntou:“De quem é essa música?”“Da Martinha”, falei. E ele arrematou, sem nem deixar tempo para a gente respirar:“Adoro a Martinha, ela é uma das grandes compositoras da música brasileira. Parabéns, vocês estão contratados.”Assim mesmo, na seca, de uma tacada só. Fiquei bobo, rapaz! No dia seguinte, nós voltamos ao escritório para assinar o contrato.A diversão do Leandro foi mexer comigo só porque eu não sabia o que era uma rubrica! E assim foi. Nosso LP virou o número 001 da 3M. Artistas contratados, faltava a gente se acostumar com aquele mundo novo. Imagina, depois de assinar a papelada, a gente ficou ainda mais um tempo em São Paulo, esperando que a gravadora desse a passagem de volta! Precisou que o Romildo
Pereira, chegasse e dissesse pra gente que ela estava incluída naquele PTA da vinda. Ou seja… justamente naquele papel que eu tinha jogado fora logo depois de chegar! Mais uma vez, o povo fico me sacaneando. Eu, que não sabia que era só pedir para emitir outra via, fiquei apavorado coma possibilidade de não poder voltar para casa. Rapaz, mas depois disso eu tivea minha vingança.A gente voltou para casa morrendo de fome e sem um tostão no bolso. Leandro ficou com medo de comer a comida do serviço de bordo e de passar pelo vexame de não conseguir pagar por ela. Já eu, não quis nem saber e me fartei. O Romildo ,tinha me avisado que era tudo incluído no preço da passagem, só que eu não contei isso para o Leandro. Morri de rir quando aquele caipira metido a engraçado desembarcou em Goiânia roendo pé de cadeira. Nosso disco saiu bonito e começou a tocar bem nas rádios. A gravadora tinha dinheiro e contava com uma equipe grande de divulgadores. Além de “Contradições”, ele também foi sucesso comas músicas “Explosão de desejos”, “Sublime renúncia”e “Muros coloridos”. Nessa época, também começamos a aparecer muito na televisão. A gente era bonitinho, as meninas estavam sempre em cima de nós, era aquela marcação cerrada… que a gente tratava de aproveitar bem! A primeira matéria que saiu com nós dois, numa dessas revistas de fofocas de artistas, chamava a gente de “os novos gatos do sertão”. Vê se pode essa! Agente adorava aquilo. Mas o melhor de tudo é que a agenda de shows ficou cheia e começou a pintar um dinheirinho bom para mandar para casa. O pai,a mãe e os irmãos sentiam falta de nós, mas eles sabiam que a gente estava trabalhando duro para não deixar o sucesso escapar. Aí chegou a hora de gravar o segundo LP. O Zezé Di Camargo chegou um dia lá em casa com uma música que ele tinha feito para o Amado Batista. Era um troço danado de bonito,chamado “Solidão”, foi mais um grande sucesso

Valéria Barros Dedica Homengem á Romildo Pereira

Essa foto já foi postada no Blog,com uma mensagem para “Tigrão” irmão de Valéria Barros.

Homenagem e Palavras de Valéria Barros:

 Hoje postando novamente a mesma foto mas com Homenagem a Romildo Pereira Luz e sua assessora Neusa que infelizmente não está mais conosco, mas foi e continuara sendo muito especial na minha vida, uma amiga inesquecível.

Romildo  foi empresário por 12 anos das Mineirinhas, uma pessoa integra, amavél, respeitado e muito honesto.

Tenho um apreço enorme por esse homem guerreiro de indole e que tenho a honra de ter cuidado de toda minha carreira, devo muito a ele.

Você acaba se traduzindo em carinho, conforto, aconchego, solicitude, amabilidade e todas as demais coisas boas que nos preenchem e motivam para encarar a vida.

     Todas essas coisas importantes parecem estar cada vez mais escassas no nosso dia-a-dia, o que acaba, portanto, valorizando e destacando ainda mais o seu brilho, pois você tem todas essas coisas em qualidade e abundância.

      “As Mineirinhas” Sandra e Valéria  nós estamos realmente gratos por podermos estar ao seu redor, partilhando um pouco da luz e do calor que emanam de você.

     Muito obrigada por ser essa pessoa maravilhosa !!!

 

“Romildo obrigada por tudo, obrigada por ainda continuar fazendo parte da minha vida, pessoas como você não podemos perde-las

 

“Neusa algumas vezes na vida, você encontra uma amiga especial. Alguém que muda sua vida simplesmente por estar nela. Alguém que te faz rir até você não poder mais parar. Alguém que faz você acreditar que realmente tem algo bom no mundo…Saudades de Você!”

@fonte http://valeriabarrosart.blogspot.com.br/2012/08/valeria-barros-dedica-homengem-romildo.html

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